Preceito ou preconceito? Crítica ou ofensa? Aceitação ou adaptação?
Há coisas em nossas vidas que podem tomar diferentes significados dependendo de como é passada; divergências são comuns, cada pessoa processa a informação recebida da maneira que lhe convém.
Tomemos o exemplo do carnaval, do modo que é tido hoje, que é condenado por uns, amado por outros. Mas qual o real fundamento deste contraste? Religiões, crenças, culturas, grupos de pessoas em geral, o abominam, porém, infelizmente, a grande maioria o faz não seguindo um preceito que fundamente seus ideais, e simplesmente por preconceito e aversão a uma festa da qual não está habituado, e ao invés de criticar com argumentos, para tentar adaptar-se a realidade de que existem outras pessoas que tem o entrudo como base cultural, fonte de renda e até único modo de alegrar-se, a grande maioria o ofende por achar que adaptando-se estará aceitando participar e assim estaria se "contaminando".
Demais movimentos, quando surgiram, geraram uma espécie de "neofobia", a sociedade via ameaçada sua cultura tradicional, o que trazia a tona tal aversão. Desde a antiguidade, quando na europa chegavam povos estranhos (bárbaros), ou no Oriente Médio pré-Cristo já dividido, tal choque diferenças e novas idéias eram tidos como maus e errados; passando para o Renascimento, tão condenado em sua contemporaneidade, e que no Modernismo e nos dias de hoje ainda olhemos frutos das idéias semeadas naquela época; também o nascimento do Rock'n Roll e suas futuras vertentes foram amaldiçoados por serem uma forma nova, livre e que dava aos jovens certa autonomia para expressarem-se.
Há algo na mente dos homens que os impede de olhar com outros olhos o mundo, não só seu pequeno mundo pessoal, e sim o mundo maior que existe e no qual todos seus coespécies também habitam, essa falta de percepção apenas atrofia o desenvolvimento do homem.
Saia do comodismo, abra as portas da percepção que existem em você! Olhe, enxergue, note que as diferenças existem e fazem bem! Tenha preceitos para seguir, mas não os utilize para explicar seus preconceitos. Critique, mas para o bem do que está sendo criticado, para, assim, não ofender. Adapte-se ao que lhe não parece comum, não é necessário aceitar, mas é preciso saber viver, mesmo que num meio que não lhe é comum.
sábado, 5 de março de 2011
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