quarta-feira, 20 de outubro de 2010

#enemsemlapis

Caros estudantes, professores, universitários e orgãos públicos responsáveis, hoje, quarta-feira, 20 de outubro de 2010, começa na rede social "twitter" uma campanha, usando a hashtag #enemsemlapis , para mostrar oposição por parte dos participantes de tal com relação ao 4º ponto no "cartão de confirmação de inscrição" do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM 2010, onde afirma: "Durante a realização da prova não será admitida [...] a utilização de lápis, borracha, lapiseira, grafite,[...]".

Afirmamos, ao participar desta campanha com o uso da hashtag, que não somos a favor da proibição do uso de materias essenciais e de costume dos vestibulandos e formandos do ensino médio que realizarão o exame, pois o uso de lápis, borracha, lapiseira e grafite é de suma importância para auxiliar o raciocínio que nos deve ser exigido na realização de um exame de tamanha relevância.

Para lembrar: o uso de tais materiais está inserido em todas as formas didáticas atuais, principalmente para fins de "rascunhos", conclusão de raciocínios matemáticos entre demais métodos de resolução, já que o manuseio e facilidade de apagar e refazer escritos com o uso de grafite (lápis e lapiseiras) e borracha é maior do que com caneta esferográfica (como exigido para uso durante a prova como descrito no item (C) do 3º ponto do "cartão de confirmação de inscrição"). Ressaltamos que entendemos e somos a favor do uso de caneta esferográfica PARA O PREENCHIMENTO DO CARTÃO DE RESPOSTA (gabarito), pela forma que este é utilizado para a correção (leitor optico).

Esperamos que esta campanha alcançe o máximo de divulgação possível.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

*Em resposta*

Em resposta ao  comentário feito na publicação anterior, "demo-cracia": http://aquieoque.blogspot.com/2010/10/demo-cracia.html#comments 

Respondendo ao "Anônimo":

Antes de mais nada, só quero lembrar que as opiniões aqui contidas são de total responsabilidade do autor individualmente (ou em conjunto, apenas quando citado), não representando necessariamente a opinião de todos os escritores do portal "Aqui É O Que?". Assim sendo, quero numerar alguns pontos:

1) ao meu ver, votar no Tiririca foi realmente um protesto (infeliz, como comentado). Assim o vejo por claras evidências da opinião dos entrevistados sobre o assunto, já que todos diziam que "pior que tá não fica" (sic), "lá só tem palhaço, mesmo" ou "é assim, já que nos fazem de palhaço". Existem, obviamente, pessoas que votam no Tiririca por pensar que ele pode ser um bom candidato, mas não devemos tomá-los como maioria ou massa organizada. Mas obviamente ninguém pode dizer que votou nele por causa das propostas apresentadas...

2) Outros, em grande quantidade ou não, votam no tiririca apenas por não levar a sério a eleição. Aí, amigo, a culpa é sua. A culpa é minha, nossa; a culpa é de todo cidadão que ouviu isso e continuou andando. De todo cidadão que tem voz, mas continua calado e se torna conivente com a situação. Entenda que, democraticamente, ninguém é obrigado a pedir votos apenas de pessoas conscientes, oras. É cabível a nós,  "sujeitos-não-tão-infelizes-assim", mostrar que política é coisa séria. - acho que já escrevi algo parecido antes... -

3) Democracia não significa, jamais significou, nem nunca significará "ato de revolução". É necessário um conhecimento do tema para se entender a diferença entre greve e revolução, greve e guerra, guerra e revolução. Assim, veja que greves existem... mas as leis, obviamente, também.

4) Sua opinião aqui foi registrada integralmente, e a minha também. Nós vivemos, Anônimo, em um Estado de democracia "realista" (explicarei em "5"). Nós temos, sim, o livre direito de defender nossas opiniões. Assim, sendo a televisão, o rádio e os jornais concessões privadas, estes têm o total direito de defender a opinião que lhes convém. A culpa não é da política. A culpa é do interesse político dos meios de comunicação. Um possível canal público, a molde de "TV Senado", "TV Assembléia", deveria mostrar os órgãos públicos como funcionam, sem opiniões, apenas o "cru". E por acaso é assim que é.

5) Democracia normalmente é confundida dentre seus quatro âmbitos. Recomendo então uma leitura do Livro "Política", de Aristóteles, o "grande pai da democracia". Democracia é constitucional, censitária, factual ou popular. Com excessão à última modalidade, o Brasil vive as três formas simultaneamente. Felizmente, pois a democracia popular é a mais aterrorizante forma existente. Onde não existem ordens, onde cada um faz a sua própria lei, onde haveria um único tirano com 190 milhões de pares de olhos, 380 milhões de braços e pernas. Eu confesso que não entendi a expressão "totalmente", quando você fala sobre a inexistência de democracia. Talvez a democracia que você quer não exista, mesmo. Mas a que eu quero também não existe, e todos podem se colocar em nossas posições de determinada insatisfação. Somos pessoas diferentes, respondemos de formas diferentes, estamos presos à condição de "sapiens sapiens". A meu modo de ver, por vivermos em sociedade, algumas reinvidicações apenas não são cabíveis. Mas não quer dizer que eu seja um ditador.

6) espero que ninguém assimile minhas palavras com citações do tipo "pão e circo" ou "vítimas que fazem a roda girar". A questão é totalmente diferente. Espero, Anônimo, que você entenda meu ponto de vista sem conjecturas próprias e preconceituosas, assim como escrevi no post e assim como venho replicar.

No mais, democraticamente lhe garanto o direito de resposta sem nenhuma espécie de retaliações.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

demo-cracia

 ¬ Além do que se vê, existiria no entanto alguma real e justa explicação para votarem no Tiririca?

Ah, aquela máxima que diz que "todo povo tem o governo que merece" eu acho bem verdadeira, mesmo. Mas por um lado a gente pode tirar algo bom disso, sim...

Acontece que a democracia brasileira é uma coisa muito recente, então o pessoal ainda tá aprendendo a protestar. Os votos do Tiririca foram um protesto, tenho certeza. Mas um dia isso teria que acontecer, porque aí descobririam, logo depois, que protestar é uma coisa muito diferente do que imaginam.

É tudo fase... Nós todos, como massa, ainda não sabemos protestar. A gente coloca fotos em um álbum do Orkut com a legenda "eles não têm o que comer" ou então "os bois não gostam de filé humano". A gente faz um puta movimento estudantil pro professor adiar a prova bimestral e a gente adora xingar a América. A gente sempre quer revolução, mas não é capaz de apertar um botão pra mudar de canal. A gente vê política só em época de eleição, sabe. Na verdade, a gente acha que política só existe em época de eleição. Então tem gente que quer protestar, então
vota em palhaço. Afinal, "lá é tudo circo e blablabla". Mas isso não significa que a pessoa seja realmente infeliz. Significa apenas que há muita gente com muito a aprender(e bota muito nisso).

Olha, a fase de agora é a melhor fase de todas. A fase em que todos os argumentos são válidos, todas as informações são pertinentes. Ninguém espera nossa opinião, mas a gente pode muito bem externá-la sempre que achar justo. Cabe a nós, sujeitos-não-tão-infelizes-assim, mostrar a todos ao nosso lado que política existe em todos os momentos. Cabe a nós mostrar que o povo ainda quer honestidade. É necessário dizer ao mundo que não somos apenas aquilo o que eles pensam de nós. Nós também temos uma opinião, a gente quer mudança, e quer mudança já! Não foi por acaso que a Idade da Pedra acabou. E isso não aconteceu porque se esgotaram as pedras, mas sim porque se chegou à conclusão de que aquilo não mais supria as necessidades. A nova era já está logo ali, gente. Mas pra isso acontecer, um pensamento precisa se tornar realidade: o mundo tem que saber que nós estamos de olho. 

Então, de coração aberto, espero que nós não obedeçamos cegamente as ordens de uma caixinha na estante da sala. Que aquele tubo não seja nossa única fonte de opinião e voz. Muita coisa acontece, mas o povo brasileiro não deveria ficar sabendo, então por isso muita coisa não aparece na televisão. Mas não vamos deixar todso mundo em paz, não. Sabe, todo representante eleito tem que sentir que representa um povo, e não apenas o seu próprio bolso. Se algum eleitor acha que um político é uma pedra em seu sapato, que então a mesmo modo este eleitor seja pedra no sapato do político, também. Não vamos deixar algum qualquer fazer o que quiser com nosso dinheiro. Mas então surge um problema. E isso, sim, é muito pior do que votar em palhaços, idiotas, analfabetos ou frutas: o problema maior é quando essas pessoas que são a grande esperança de futuro do país esquecem da responsabilidade delas e, uns dois meses depois das eleições, levam suas vidas como se esses candidatos nem mesmo existissem. Por isso, ser conivente é tão ruim quanto ser palhaço, ser uma fruta, ou até mesmo ser analfabeto.

Se as mudanças ainda estão longe de acontecerem, não sei. Mas aos poucos percebo uma leve mudança no povo brasileiro, principalmente a parcela jovem. Então vamos aproveitar toda essa nossa avidez característica para fazermos algo realmente revolucionário. A gente não tem pólvora, mas tem coisas muito mais fortes que isso: a gente é idéia, a gente é voz, a gente é força. E os únicos capazes de nos vencer somos nós mesmos...

sábado, 2 de outubro de 2010

Aliens II - Leve-me Ao Seu Ideal

Antes de tudo neste texto, ressalto: a importância de se ter um senso crítico, analisar todos os pontos de vistas e ser fiel ao seu próprio ideal, para mim, é essencial para se construir uma personalidade, no mínimo digna de ser exposta.

Somos nossos próprios líderes? Construimos para nós mesmos nossa personalidade? Quem nos comanda, nós mesmos ou nossas mentes? Pense nisso. Sempre ouvimos uma voz, a nossa própria voz em nossa mente, direcionando nossos atos, mas então paro e penso: quem nos diz? Quem fala conosco? Nós mesmos, ou nossa mente assume forma e vida e conversa conosco? Me confirmo de que esta é a explicação: somos dois seres em um corpo e convivemos dialogando. 

De tais diálogos tiram-se conclusões que moldam o ser humano (homem social), e então o dilema: viver seguindo tal molde ou aceitar idéias que lasquem, deformem e redefinam a bela obra que desenhaste de tí mesmo contigo? Pois, oras, se esculpistes à ti, tu e tua mente, por que aceitar que alheios dessa união interfiram no que foi conseguido?

Aqui peço: seja digno de ter contigo uma mente que lhe guia, te instrui e topa sujar as mãos, junto contigo, para construir o melhor ser que possas ser. Não importa se dizem ou pensam que teu pensamento é o errado, e que teu modo de ver a vida e se relacionar com o mundo não faz sentido, porque cada um tem uma interpretação de uma obra de arte, mas só o auto dela realmente sabe o motivo de cada pingo de tinta, ou pedaço esculpido ou palavras escrita!