domingo, 16 de outubro de 2011

Com o passar do tempo

Frenético! Tudo mudou como uma onda inconstante! Vivemos em um momento macro de mudanças, escrevendo uma importante história na História. Somos o resultado e a continuação do Pós-Modernismo.

A evolução tentou otimizar nosso tempo, mas de onde vem a sensação de que temos menos tempo a cada dia? Tecnologia, tudo parece mais velho mais rápido; se algo não lhe parece novo, a sensação de repúdio a ele é instantânea. E olhe bem ao seu redor, tudo isso influência você!

Se você viveu nos anos 90, 2000, certamente passou pelo mesmo que eu, somos a geração Z, e isso por quê? Porque sucedemos a geração Y, uma geração que viu um mundo pós-Guerra, divisões claras de ideias entre pessoas, avanços enormes e inimagináveis. Tudo foi mastigado e deglutido, muito não por nossos pais, mas por alguns "superiores" comtemporâneos a eles, e nos foi entregue "de mão beijada". Não fazemos ideia alguma de como foi imaginar o homem na lua, ter medo de olhar para o lado e não poder dizer o que pensava, ouvir um tipo de musica por rebeldia, marcar um tempo. Mas fazemos exatamente tudo isso hoje em dia, porém, o que é grave ao meu ver, sem um motivo idealizado.

Vemos notícias de descobertas no espaço, o homem planejando ir à Marte e achamos normal. Falamos o que queremos e pensamos, muito sem receio. Ouvimos a música que queremos, e provocamos os diferentes por acharmos estar certo. Mas por que o homem quis ir ao espaço? Foi para mostrar uma superioridade, mesmo que ao meu ver fosse algo fútil, havia um ideal, hoje mal procuramos entender o porquê de conquistarmos mais espaço no Espaço. Por que tanto foi lutado pela democracia? Para que ideias conflitantes fosse debatidas e todos ouvidos, e não como fazemos, todos falando e nenhuma fala marcando nada. Porque o funk sem fone de ouvido irrita tanto a todos? Não fora assim com o rock' roll? Tanto irritou que marcou e hoje é visto como exemplo de música que expunha pensamentos e ideais.

Para nossos "antecedentes" existia "o certo e o errado", para nós novos conceitos surgiram: "o que não é errado e o que não é certo, não significando ser certo ou errado, respectivamente". Nosso senso de julgamento se tornou mais flexível, lutamos agora por igualdades, assim como foi feito décadas atrás, porém em um nível mais amplo. A homossexualidade, lutas ambientalistas, liberdade infanto-juvenil, individualização personalizada, entre outras frentes novas estão sendo consideradas atualmente. Não lembra-nos Nietzsche? O bem e o mal não tem mais suas caras tão evidentes, tudo é certo e pode ser errado, e vice-versa. Mas para onde estamos tendendo? Nossa geração está pensando de modo cristão (no sentido menos religioso) de punição para o que é errado, ou também para o que não é certo? Ao meu ver, estamos tendendo a olhar mais para nós mesmos, queremos ser nossos próprios superiores, procuramos evoluir junto com o mundo a nossa volta, nos engajar em muitas causas por parecer conveniente, não aceitamos ficar para trás no tempo, mesmo ele mantendo seu curso constante, queremos até mesmo passá-lo, o que explica a sensação de termos menos tempo a cada dia.

Reveja seus porquês, seus ideais, e ações. Veja se ao menos está os construindo, ou está deixando para o mundo moderno e frenético os fazer. Não estou apologizando uma ideia anti-moderna, mas apenas alertando para que cada um possa moldar-se à sí mesmo em meio a vida que existe ao nosso redor.

domingo, 10 de julho de 2011

Aliens IV - Testes

O estranho aos seus olhos não é normal! Mas é normal se estranhar com o novo?

Muitas vezes entendemos mal o que é novo, inusitado, inédito. Criamos coneitos do que não conhecemos antes mesmo de vivenciar, ou 'testar', isto. Não estou maldizendo tal atitude, mesmo porque ela é vital para a manutenção da nossa vida e faz parte da racionalidade humana, mas critico que se deixe de viver, de experimentar, de testar o novo.

O ser humano não pode ficar inerte de frente ao novo, deve-se interagir e entender. Tentar compreender algo incomum faz-nos crescer, evoluir, agregar conhecimento. É mais cômodo sim, reclamar e subjulgar do que tentar adaptar-se ao novo, mas quem disse que é fácil escalar uma montanha para lá no alto admirar e viver um momento único?

Ficar preso, com a visão limitada, alienía a mente humana. A rejeição é o primeiro sinal, o que até é normal, mas a reação a isso reflete quem está disposto a crescer e evoluir de quem prefere ficar estático e inerte ao mundo novo e em constante mudança.

sábado, 7 de maio de 2011

A INFLUÊNCIA DA RELIGÃO E OUTRAS CRENÇAS II


É notável como certas crenças manipulam nossas vivencias diárias. Quem nunca atravessou a rua para evitar passar por um gato preto ou por baixo de uma escada. Quem nunca procurou um trevo de quatro folhas, ou anda com pingentes de pimentinha ou olho grego? Outra crença curiosa é o famoso horóscopo, onde o alinhamento do sol com algumas das 12 constelações do zodíaco e a Terra de alguma forma pode interferir em sua personalidade! Esses são só pequenos exemplos de certas crenças que habitam os mistérios de nossas rotinas. Do mesmo jeito que tais crenças influenciam milhares de pessoas, a crença em algum escrito ou entidade religiosa pode ser altamente influente nas nossas interações sociais assim como nos modos de agir.
Não venho ponderar contra qualquer crente ou descrente. Mas venho alertar, sobre o mal que certas crenças nos fazem. O fato de seguirmos cegamente por que temos fé, é algo fascinante. Entretanto, fazer esta mesma jornada e provocar hecatombes em nome da fé que me foi imposta é algo detestável e repudiado! “O mundo não é mal, mas o homem não aprendeu a ser bom – Emicida”, excluindo poucas exceções (e realmente são poucas), creio que é por falta de reflexão interna e não por falta de conhecimento ou experiência que muitos seguimos nossos pastores, santo padres e outros lideres religiosos que mesmo indo contra qualquer principio de manutenção da humanidade nos fazem crer em escritos, que mal podemos comprovar a legitimidade. O problema em toda religião e crenças geradas por cada uma, está, justamente, na falta de explicações (no caso perguntas sobre os por quês do mundo, ou a falta delas no caso dos diferentes) e no incentivo ao ócio e inércia em relação aqueles que se diferem dos que estão dentro desse mundo. Usando explicações preconceituosas preferimos isolar a todos que não compreendem este ou aquele estilo de pensamento religioso (claro que não são todas as religiões).
E o que devemos fazer? Baixar as cabeças, entrar em marcha e simplesmente seguir a massa em rituais que salvam minha alma, mas deixa que a vida presente de meu amigo se perca, tudo isso somente por que ele não crê no mesmo livro ou no mesmo gnomo no final do arco-íris que eu? Por que aceitar ser acorrentado na caverna da incompreensão? Tudo isso é medo de ser chocado com uma nova realidade? Ou com um novo mundo?


sábado, 5 de março de 2011

As portas da percepção

Preceito ou preconceito? Crítica ou ofensa? Aceitação ou adaptação?
Há coisas em nossas vidas que podem tomar diferentes significados dependendo de como é passada; divergências são comuns, cada pessoa processa a informação recebida da maneira que lhe convém.
Tomemos o exemplo do carnaval, do modo que é tido hoje, que é condenado por uns, amado por outros. Mas qual o real fundamento deste contraste? Religiões, crenças, culturas, grupos de pessoas em geral, o abominam, porém, infelizmente, a grande maioria o faz não seguindo um preceito que fundamente seus ideais, e simplesmente por preconceito e aversão a uma festa da qual não está habituado, e ao invés de criticar com argumentos, para tentar adaptar-se a realidade de que existem outras pessoas que tem o entrudo como base cultural, fonte de renda e até único modo de alegrar-se, a grande maioria o ofende por achar que adaptando-se estará aceitando participar e assim estaria se "contaminando".
Demais movimentos, quando surgiram, geraram uma espécie de "neofobia", a sociedade via ameaçada sua cultura tradicional, o que trazia a tona tal aversão. Desde a antiguidade, quando na europa chegavam povos estranhos (bárbaros), ou no Oriente Médio pré-Cristo já dividido, tal choque diferenças e novas idéias eram tidos como maus e errados; passando para o Renascimento, tão condenado em sua contemporaneidade, e que no Modernismo e nos dias de hoje ainda olhemos frutos das idéias semeadas naquela época; também o nascimento do Rock'n Roll e suas futuras vertentes foram amaldiçoados por serem uma forma nova, livre e que dava aos jovens certa autonomia para expressarem-se.
Há algo na mente dos homens que os impede de olhar com outros olhos o mundo, não só seu pequeno mundo pessoal, e sim o mundo maior que existe e no qual todos seus coespécies também habitam, essa falta de percepção apenas atrofia o desenvolvimento do homem.
Saia do comodismo, abra as portas da percepção que existem em você! Olhe, enxergue, note que as diferenças existem e fazem bem! Tenha preceitos para seguir, mas não os utilize para explicar seus preconceitos. Critique, mas para o bem do que está sendo criticado, para, assim, não ofender. Adapte-se ao que lhe não parece comum, não é necessário aceitar, mas é preciso saber viver, mesmo que num meio que não lhe é comum.